quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Das coisas que eu acho maravilhosas.

Folgar na quarta-feira, eu acho lindo.
Receber fotos da minha sobrinha do coração pelo WhatsApp então, nem se fala.
Acordar às 11h e espreguiçar bem gostoso e ter o resto do dia pra não fazer absolutamente nada.
Ouvir de uma senhora de 85 anos que eu sou um anjo, da moça sorridente que trabalha na padaria que meu cabelo está lindo, de uma companheira que o que importa pra ela é que eu esteja viva.
Sentir o sol queimando o asfalto e refletindo o calor no meu corpo.
O miado dos gatos aqui de casa.
O cheiro de hortelã.

As cores nas minhas saias de patchwork.
O vento jogando meu cabelo pra frente do meu rosto e o som da minha própria risada quando eu estou feliz.
O frio na barriga de não saber o que vai ser daqui uma semana.
Essa certeza de que a vida é uma viagem muito louca.
A expressão de espanto no rosto de um machista quando eu respondo a uma ofensa.

A sensação de que eu sou forte o suficiente pra peitar o mundo.
Aquele abraço que é como voltar pra casa.
O mar.

O cheiro do mar.
Incenso.

Chiclete de canela.
Bala de canela.
Batom vermelho.
Música cigana.

Declarações de amor inesperadas.
Liberdade.
Cheiro de livro novo.
Cheiro de livro velho.
Cheiro de livro.


Eu.

(Taboão da Serra)

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