terça-feira, 9 de setembro de 2014

É.

É que às vezes a gente se apega fácil, se doa fácil. É que às vezes as pessoas não percebem ou não querem perceber.
A gente vai ficando pelo caminho, pedacinhos de nós semeados nas pessoas - pedacinhos dos outros semeados em nós. E é bom de dar febre, não ser você-sozinho é bom que dói.
Ruim é quando pegam de volta o pedaço de si que te deram e fica o vazio.
É quando as palavras não dizem mais nada e decide-se não falar. É quando o abraço não é bálsamo e não se abraça pra não deixar a distância visível, palpável - não tem nenhum sinal, mas nós conseguimos captar o recado.

Tá frio lá fora, tá frio cá dentro. O vestido no armário é tão bonito que faz pena não usar.
O sorriso no espelho era pra ser tão genuíno. É.



(Taboão da Serra. Data de 11 de julho de 2014: revirando e revivendo meus escritos.)

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